Manejo de Pastagem

A exploração dos rebanhos depende, fundamentalmente, da produção de forragem, por essa ser a principal fonte dos nutrientes essenciais ao crescimento, à saúde e à reprodução.

Primeiramente, devemos fazer a escolha de espécies forrageiras de qualidade, e então oferecer condições adequadas de crescimento a elas.

O manejo inadequado durante vários anos é a principal causa da perda da capacidade produtiva e da fertilidade de um pasto, que aos poucos vai perdendo sua capacidade de recuperação natural e, portanto, de manter os animais por certo período.

Práticas de manejo como: adubação, irrigação, suplementação, sistema de pastejo e, sobretudo, a adoção de taxa de lotação compatível com a capacidade de suporte da pastagem, são de elevada importância. Uma pastagem conservada pode ser avaliada através de alguns fatores: se há muitas folhas; se há pouco ou nenhum solo descoberto; se não há nenhuma espécie indesejável; se a cor da folhagem é verde intenso; se as raízes são profundas e vigorosas; se os animais passam pouco tempo pastejando e mais tempo ruminando; se os horários de pastejo são na parte da manhã e no fim da tarde, fora desses horários é um indicativo que falta alimento; se os animais tem elevada condição corporal e apresentam desempenho próximo do seu máximo.

No sistema de pastejo rotacionado temos um melhor aproveitamento do pasto, um consumo mais uniforme e menor gasto energético do animal para a busca de alimento de qualidade.

A área da pastagem é dividida em piquetes que são utilizados durante um certo intervalo de tempo que chamamos de período de ocupação (PO). Ao fim deste período o piquete ficará em descanso com a transferência dos animais para o piquete seguinte, é o período de descanso (PD), que varia de 1 a 3 dias e depende principalmente da espécie forrageira e das condições de fertilidade do solo e do clima da região. Quanto menor o período de ocupação, melhor é o controle do estoque de forragem disponível, da taxa de lotação e do desempenho animal, especialmente em pastos de alto potencial de produção e manejados intensivamente.

Após a definição do número de dias de descanso (PD) e dos dias de ocupação (PO) de cada piquete a ser utilizado no sistema intensivo, pode-se calcular o número ideal de piquetes na área. Para tanto deve-se utilizar a seguinte fórmula:

Período de descanso dividido pelo período de ocupação + 1

Na tabela abaixo podemos ver o Período de Descanso (PD) das principais forrageiras. Para maiores detalhes de um bom sistema de pastejo rotacionado é necessário orientação técnica adequada.

ADUBAÇÃO

A utilização de Fertilizantes em pastagens pode ser dividida em três momentos importantes:

Formação: a adubação de formação é base de todas as adubações, caso o solo tenha deficiências, essas deverão ser corrigida de acordo com a utilização do pasto, mas é necessária em qualquer nível tecnológico da produção. O nutriente mais limitante nesse momento é o fósforo.

Recuperação: a adubação de recuperação é muito importante, pois o custo da recuperação da pastagem, sem a necessidade de novo plantio, é menor quando comparado a um custo de formação. Normalmente a adubação de recuperação é feita em níveis em níveis moderados de fertilizantes, de acordo com análise de solo. Essa adubação também é indicada para realizar a manutenção das pastagens.

Intensificação: a adubação de intensificação é feita para se elevar a capacidade de suporte da Fazenda para altos níveis. Ela é utilizada em sistemas intensivos de pastejo rotativo (com ou sem irrigação). É uma adubação com maiores níveis de correção e é baseada na análise de solo e do volume de animais trabalhados.

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